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UNIFESO estreia programa na Diário TV   
publicado em: 15/04/16


Um programa preparado para levar informação e esclarecer dúvidas através de entrevistas sobre os mais variados temas como educação, saúde, direito, sustentabilidade, empreendedorismo, cultura, trabalho e tecnologia. Esse é o formato do Conexão UNIFESO, que estreia nesta terça, dia 19 de abril, às 21h, na Diário TV, canal 4 da operadora RCA. Apresentado pela professora Michelle Bronstein, coordenadora do Centro Cultural FESO Pro Arte, a atração será semanal e cada episódio vai contar com a participação de dois convidados. 
“Esse programa é uma oportunidade significativa de comunicação da FESO e do UNIFESO com a sociedade de Teresópolis, de dar conhecimento a essa sociedade das nossas atividades acadêmicas e culturais, de debater assuntos importantes. A proposta é que pessoas que não sejam estudantes ou usuários dos serviços do UNIFESO também possam se beneficiar dos conhecimentos produzidos no espaço acadêmico. Neste momento em que a FESO comemora 50 anos de atividades em prol de nossa região, alcançar um novo patamar de visibilidade e de diálogo é muito relevante para todos nós”, comemora a professora Verônica Santos Albuquerque, Reitora do UNIFESO. 
A estreia do programa do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO) terá a participação do presidente da Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO), Dr. Antonio Luiz da Silva Laginestra, que vai contar um pouco da história da Instituição. A professora Verônica Santos Albuquerque concede a segunda entrevista, falando um pouco sobre o que o Centro Universitário oferece aos seus estudantes e à população em geral; sobre o projeto das comemorações pelos cinquenta anos e as perspectivas de futuro para a Instituição. 
O programaCom produção da Diário TV em parceria com a Gerência de Comunicação (GECOM) do UNIFESO, o novo programa tem como apresentadora a professora Michelle Bronstein, mestre em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. As pautas serão produzidas pelos jornalistas Raquel Oliveira e Marcus Wagner, e a supervisão geral é de Alexandre Ramos da Silva.      
O Conexão UNIFESO vai ao ar todas as terças, às 21h, com reprises dentro da programação da Diário TV. Todo o conteúdo dos programas também vai estar disponível no canal do UNIFESO no Youtube: www.youtube.com/user/comunicacaounifeso.


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Insulina inalável melhora qualidade de vida do diabético 
MAIO/2015
Insulina inalável melhora qualidade de vida do diabético
Data: 26/05/2015 - (Fonte: Correio do Brasil – 20/05/2015)

Desenvolvida pelas farmacêuticas Sanofi e MannKind Corp., a Afrezza é uma insulina de ação rápida indicada para controle da glicemia tanto no diabetes tipo 1 quanto no diabetes tipo 2. Embora a Sanofi do Brasil, laboratório responsável pela fabricação, tenha informado que ainda não há data prevista de lançamento da Afrezza no País, as notícias são muito animadoras.

Em fevereiro deste ano,  chegou aos mercados norte-americanos a insulina inalável. Aprovada para comercialização em julho do ano passado. A insulina Afrezza finalmente poderá ser comprada nas farmácias e será a única versão inalável do hormônio à venda.

O medicamento deverá ser usado pouco antes das refeições. A insulina é produzida em forma de pó, administrado através de um pequeno dispositivo, do tamanho de um apito.

Nos EUA, uma “dose” diária de 12 unidades da nova insulina está sendo comercializada por cerca de US$ 7,5, ou aproximadamente R$ 20.

Em adultos acima de 18 anos, o uso da Afrezza é praticamente irrestrito. Porém, de acordo com a farmacêutica, a nova insulina é contra-indicada a pessoas com doenças pulmonares crônicas, como a asma. Além disso, fumantes e ex-fumantes devem evitar o medicamento, uma vez que a capacidade pulmonar debilitada pode diminuir a eficiência do hormônio.

A Sanofi alerta, ainda, que de maneira alguma deve-se utilizar a Afrezza como substituto de insulinas de longa duração. A maneira correta de utilizá-la é como coadjuvante em uma plano abrangente de controle do diabetes, e que inclui mudanças na dieta e a prática de atividades físicas.

“Há uma necessidade palpável de insulinas que não necessitam injeções, e nossa empresa está determinada a criar esta nova opção de tratamento aos pacientes”, informou o vice-presidente da divisão de diabetes da Sanofi, Pierre Chancel.

A Afrezza é a maior esperança da Sanofi para lucrar no mercado do diabetes.

A farmacêutica fatura cerca de R$ 18 bilhões por ano com medicamentos para diabéticos, mas em2014 aperformance foi ruim a ponto de demitirem o principal executivo da divisão. Além disso, em 2015 vence a patente da insulina Lantus, a campeã de vendas da Sanofi e principal motivo dos lucros extraordinários da empresa.

Estima-se internamente que a insulina inalável chegue à marca de US$ 182 milhões anuais em vendas em 2019. É um número modesto, em parte devido ao medo de rejeição do público por causa da má fama da insulina Exubera.

Além da Afrezza, uma nova versão da Lantus, chamada Toujeo, também deve ser lançada em breve.




Índia quer Brasil como parceiro na produção de medicamentos 
Índia quer Brasil como parceiro na produção de medicamentos
Data: 26/05/2015 - (Fonte: Gazeta do Povo – 23/05/2015)

O alto custo e baixa competitividade da indústria farmacêutica brasileira têm levado distribuidores, fabricantes e até o poder público a buscar alternativas na Índia, chamada de farmácia do mundo. Responsável por 10% do volume de medicamentos produzidos em todo o planeta, a indústria indiana equilibra preços competitivos e qualidade e, depois de abrir portas em mercados com regulamentação, mira o Brasil como parceiro potencial.

Organizados pela Câmara de Comércio Índia Brasil e a convite do governo indiano, 15 empresários, consultores e especialistas da área farmacêutica estiveram na Iphex, feira mundial de negócios e exposição da indústria de medicamentos, realizada em Mumbai, em busca de oportunidades de negócio. “A inovação é o que move esta indústria, nosso sucesso está em garantir qualidade a baixo custo. Sabemos que o Brasil tem um controle rígido e estamos dispostos a atendê-lo”, disse Shri Ashutosh Gupta, presidente do conselho promotor das exportações do setor farmacêutico da Índia, Pharmexcil, e CEO da Medicamen, fornecedora da curitibana Nunesfarma.

Com uma lei de patentes restrita aos processos de fabricação e não aos produtos, o país quebrou registros internacionais em território indiano e se tornou líder na fabricação de genéricos. “Nosso desafio é desacreditar as companhias que disseminam a desinformação de que os genéricos são ineficazes e evitar que outros países sejam levados por isso”, diz o Secretário Geral do Ministério do Comércio indiano, Rajeev Kher.

Depois investir em mão de obra especializada e inovação, a Índia produz medicamentos acessíveis e de qualidade e atua em desde mercados pouco regulamentados aos mais rígidos, como o europeu e o norte-americano. Os indianos procuram agora entender o vasto e pouco competitivo mercado brasileiro. “Temos dois interesses: ajudar o Brasil a sustentar seu sistema de saúde pública e oferecer novas tecnologias para conseguir produtos de qualidade a preços competitivos”, diz Kher.

Empresários brasileiros perceberam a competitividade da indústria indiana e as possibilidades de utilizá-la como fornecedora ou mesmo deslocar sua produção para o país. Mas questões regulatórias, a burocracia, os altos custos trabalhistas e outros impostos impedem a consolidação da parceria. “A Anvisa dificulta a entrada de novos produtos e tecnologias em uma medida que pode ser considerada um protecionismo disfarçado”, afirma Michael Lund, consultor jurídico de investimentos estrangeiros e transações internacionais da Coimbra & Chaves Advogados.

Experiência de sucesso


CEO da distribuidora de medicamentos Nunesfarma, Fernando Cesar da Silva descobriu há sete anos os fornecedores indianos.“Vi que companhias das quais nunca havia ouvido falar são fornecedoras das maiores marcas internacionais”, diz. Hoje, a empresa possui um escritório na Índia e viu a oportunidade de lançar sua marca própria com produtos fabricados no parceiro asiático. Com lançamento de quatro produtos em2015, a Nunesfarma tem mais 50 em processo de aprovação. “Fazemos visitas constantes às fábricas, acompanhando desde os testes de qualidade até a produção comercial. Com uma adequação do setor regulatório aos níveis internacionais, a indústria indiana poderá ser mais presente no mercado brasileiro”, diz Mauro Federici, executivo de desenvolvimento de negócios da empresa.

Escala

Com mais de 10 mil itens de produção de medicamentos, a Índia tem cerca de 1,5 mil unidades aprovadas pelo controle de qualidade da Organização Mundial de Saúde (OMS) e concentra oito das 25 maiores companhias de genéricos do mundo. Em 2013, o país exportou mais de US$ 14 bilhões em medicamentos, valor que cresce em média 11% ao ano.


 “Brasil pode liderar a corrida na área de biotecnologia”, afirma presidenta Dilma
“Brasil pode liderar a corrida na área de biotecnologia”, afirma presidenta Dilma
Data: 21/05/2015 - (Fonte: MCTI – 20/05/2015)
O novo Marco Regulatório de Acesso à Biodiversidade Brasileira pode garantir ao Brasil um lugar de destaque nas pesquisas com recursos biotecnológicos. A lei, que foi sancionada, nesta quarta-feira (20/05), pela presidenta da República, Dilma Rousseff, em cerimônia no Palácio do Planalto, regulamenta o acesso ao patrimônio genético da biodiversidade brasileira para pesquisas e protege o conhecimento de comunidades e povos tradicionais.

A nova lei nº 13.120/2015 legaliza e facilita a atuação de pesquisadores e permite que empresas solicitem pela internet, de forma simplificada, a autorização para explorar produtos da biodiversidade. "Na corrida da indústria dos farmoquímicos, disseram-me que a gente ainda está correndo atrás, mas da biotecnologia nós temos condições de sair na frente", afirmou a presidenta.

Participaram da cerimônia de sanção da legislação os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo; do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Armando Monteiro. Segundo Aldo Rebelo, as atividades de pesquisa e tecnologia envolvendo recursos genéticos da biodiversidade brasileira e saberes de povos tradicionais serão impulsionadas pela legislação.

"Tínhamos uma legislação protecionista, que criminalizava as ações de pesquisa. Ela inibia o desenvolvimento científico que se apoia na biodiversidade e os investimentos privados em pesquisa", afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação. "A nova legislação protege o meio ambiente, a pesquisa, os conhecimentos das comunidades tradicionais e a inovação na indústria e estimula a geração de empregos, renda e tributos."

Na opinião da ministra Izabella Teixeira, "a biodiversidade brasileira fará parte da construção da riqueza do País, traduzindo a riqueza da biodiversidade em riqueza social e econômica e liderança global". "Esse legislação é a primeira no Brasil que reconhece e dá direitos para comunidades tradicionais e povos indígenas participarem do processo de decisão e repartição dos lucros da comercialização de produtos oriundos dos conhecimentos tradicionais", destacou.

A expectativa do Governo é de regulamentar a lei no prazo de seis meses. A sanção do novo marco legal antecipa as comemorações pelo Dia Internacional da Biodiversidade, celebrado em 22 de maio.
Desburocratização da pesquisa
No campo da ciência, tecnologia e inovação, uma das principais vantagens do novo marco regulatório é a simplificação do processo para acesso ao patrimônio genético da biodiversidade brasileira. A legislação determina que pesquisadores, instituições de pesquisa e tecnologia e empresas nacionais façam a solicitação de acesso ao recurso da biodiversidade por meio de um cadastro eletrônico. Empresas estrangeiras podem solicitar o acesso ao patrimônio genético, desde que estejam associadas a instituições brasileiras de pesquisa e tecnologia.

A medida substitui o processo anterior, que exigia o envio de documentação e relatórios ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), que causava atrasos e custos elevados para as investigações científicas e tecnológicas.

"Esse não será o único ato no sentido de desburocratizar a pesquisa em processos e em produtos", garantiu o ministro Aldo Rebelo. "O MCTI está fazendo um inventário completo de todos os óbices à pesquisa e à ciência no Brasil. Um levantamento que está sendo feito com institutos, universidades e outras instituições de pesquisa no Brasil."

Segundo a ministra Izabella, a fiscalização será mais efetiva com o sistema eletrônico para cadastro das entidades e das pesquisas com acesso ao patrimônio genético. "A lei atual traz estruturas de fiscalização para facilitar esse processo. Será mais simples acessar a informação dos processos que devem ser fiscalizados", afirmou.
Royalties e CGEN
A lei estabelece também a criação do Fundo Nacional de Repartição de Benefícios (FNRB), que receberá parte da receita líquida anual obtida com a exploração econômica de produto acabado ou material reprodutivo oriundo da biodiversidade brasileira ou do conhecimento tradicional, desde que eles sejam elementos principais de agregação de valor.

Estará sujeito à repartição o fabricante do bem, independente de quem tenha realizado o acesso anteriormente. A companhia terá de repassar ao FNRB entre 0,1% e 1% dos lucros, o valor será definido pela União. As comunidades tradicionais e povos indígenas também receberão parte do valor.

Outro avanço no marco regulatório é a maior participação da sociedade civil no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético. Pelo menos 40% dos membros do grupo devem ser representantes dos setores empresarial e acadêmico, de povos indígenas, de comunidades tradicionais e agricultores tradicionais. A lei assegura ainda paridade entre os representantes da sociedade civil. Os demais componentes do CGEN serão de órgãos e entidades da administração pública federal.


 Projeto da Funed promove inovação e empreendedorismo na área da saúde
Projeto da Funed promove inovação e empreendedorismo na área da saúde
Data: 14/05/2015 - (Fonte: Agência Minas – 13/05/2015)
Dezessete projetos desenvolvidos por pesquisadores da Fundação Ezequiel Dias (Funed), com potencial para gerar produtos ou processos inovadores e apelo comercial, foram reunidos no Livro do PII – Programa de Incentivo à Inovação. A publicação foi lançada na última terça-feira (12/5), no auditório do Sebrae-MG, em Belo Horizonte.

Inicialmente, foram identificados na Funed 48 projetos potenciais. Após avaliação feita pela equipe do Sebrae-MG e da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), que considerou, dentre outros critérios, o potencial tecnológico, impacto ambiental, satisfação de necessidades e potencial de mercado, foram selecionados nove finalistas.

Dentre eles, o Desenvolvimento de Testes Rápidos para a Detecção do Dengue Vírus; Sistemas Poliméricos Biodegradáveis Implantáveis para Tratamento de Câncer; Ensaio para Detecção de Espécies de Carne em Alimento; Composição Farmacêutica Analgésica e Anti-inflamatória para Tratamento de Atrite Reumatoide.

Na abertura do evento de lançamento do livro, a vice-presidente da Funed, Cármen Lúcia, reafirmou a importância das parcerias para que a Fundação seja inserida no mercado de Ciência e Tecnologia e reconheceu o potencial de pesquisa da Funed para que possa se posicionar como instituição de excelência em biotecnologia, além de ser campo de formação para que os novos pesquisadores possam desenvolver seus projetos.

O secretário-adjunto da Sectes, Vinícius Rezende, disse que o PII foi o programa que mais lhe chamou a atenção pela possibilidade de gerar produtos favoráveis à população. “Um dos papéis enquanto Estado não é só fomentar, mas ser articulador do tripé formado por Estado, academia e mercado”, ressalta.

Parceria com Biominas

Durante o painel “O PII como indutor dos avanços tecnológicos na saúde”, que fez parte do evento, a pesquisadora Luciana Silva anunciou a criação da 1ª Spin-off da Funed - a Onco Tag -, que vai ofertar, em parceria com a Biominas, exames de diagnóstico molecular para câncer de ovário. Spin-off é uma empresa que nasce da parceria entre pesquisadores e universidades.

Segundo Luciana, o PII permitiu ultrapassar os limites da bancada de pesquisa e ter um olhar empreendedor sobre seu projeto, com a visão de mercado que antes ela e outros pesquisadores não possuíam. “Ficamos envolvidos somente com a pesquisa e não temos a noção de que existe um mundo de possibilidades lá fora, que pode transformar nosso trabalho em negócio, em produto para atender às necessidades da população”, salienta.

Sobre o PII

Criado em 2006, o PII vem estimulando a criação de tecnologias, produtos e processos inovadores para o mercado, a partir do conhecimento gerado nas instituições de ensino. “Queremos fazer uma mudança cultural nas universidades e nos pesquisadores com a disseminação da cultura empreendedora, a obtenção de novos recursos para pesquisa e a possibilidade de geração de empregos para estudantes graduados e pós-graduados”, explica o gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Sustentabilidade do Sebrae Minas, Anízio Dutra Vianna.

Resultados

Em nove anos, o PII já foi realizado em universidades, faculdades e centros tecnológicos de Lavras, Itajubá, Juiz de Fora, Viçosa, Uberlândia e Belo Horizonte. Ao todo, foram 15 programas no estado, com 280 projetos de pesquisa selecionados e publicados. Até 2014, o programa teve um investimento de cerca de R$ 23 milhões, captados de órgãos de fomento, investidores, venda de patentes e transferência de tecnologia.


 Hemobrás pretende produzir tratamento da hemofilia no Brasil até 2020
Hemobrás pretende produzir tratamento da hemofilia no Brasil até 2020
Data: 04/05/2015 - (Fonte: Correio da Bahia – 03/05/2015)
Com 15 dias de nascido, João Pedro Dias, 14 anos, recebeu o diagnóstico que era portador da hemofilia, uma doença hereditária e genética que causa sangramentos e hemorragias constantes. Evanilton Siqueira, 23 anos, morador de Amargosa (a 235 kmde Salvador) passou por maus bocados desde a descoberta da doença: longos períodos de internação no Hospital Roberto Santos às sequelas nos joelhos e cotovelos pelos sangramentos.

A presença da hemofilia, a superação das dificuldades e o ganho de qualidade de vida desde que começaram a fazer a tratamento com o fator VIII recombinante, um hemoderivado, obtido por meio de engenharia genética e que passou a ser produzido no Brasil, em Pernambuco, na sede da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) unem a história desses dois jovens.

Em menos de dois anos, foram distribuídos mais de 1,2 milhão de frascos do recombinante para os hemocentros de todo o Brasil, possibilitando uma nova esperança para os portadores. Mãe de Evanilton e Anderson, 12, ambos com hemofilia, Nilda Siqueira conta que tudo está muito mais fácil agora. “Já cheguei a andar 30 minutos com Evanilton nos braços para que ele pudesse fazer o tratamento, agora, podemos trazer o medicamento para casa, eles mesmos se aplicam e a vida segue bem perto da normalidade”, conta, destacando que apesar das sequelas do sangramento nos joelhos e cotovelos ter atrapalhado a vida do filho mais velho, especialmente nos estudos, atualmente, ele consegue estudar e trabalhar como qualquer rapaz.

João Pedro conta que tinha uma vida cheia de “nãos”, limitada e chata. “Depois que comecei a profilaxia tudo mudou. Hoje, posso fazer as atividades que sempre quis, como andar de skate, e sou um adolescente normal. É a melhor fase da minha vida”, diz.

Parceria
Para poder oferecer o fator VIII recombinante, a Hemobrás firmou um contrato de transferência de tecnologia com o laboratório Baxter Internacional. Além da importação do medicamento, o documento prevê o repasse dos conhecimentos técnicos necessários para produzir o Hemo-8r em solo nacional, na fábrica da estatal que está sendo construída no município de Goiana, em Pernambuco. Antesdisso, para ter acesso ao tratamento, era preciso que a Justiça determinasse a importação do produto.

De acordo com o presidente da Hemobrás, Romulo Maciel Filho, no período que antecedeu ao Programa Nacional de Hemoderivados, criado em 2012, o fator era fornecido apenas em caráter de emergência. “Até 2020, deveremos ter a produção dos primeiros 200 lotes anuais do medicamento recombinante feita totalmente em solo nacional e esse quantitativo irá triplicar a circulação interna do recombinante, elevando o índice de terapia per capita a um patamar encontrado apenas em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Reino Unido” comemora.

Com isso, o produto pode ser usado como medida preventiva para as pessoas diagnosticadas com a doença, sendo utilizado com regularidade, inclusive durante o período de crescimento, evitando sangramentos, prevenindo deformidades, diminuindo o sofrimento e melhorando a qualidade de vida de 12 mil pessoas portadoras da hemofilia no Brasil.

Maciel ressalta ainda que a nacionalização do medicamento colocará o País como o quarto do mundo a deter o conhecimento da fabricação desse tratamento de alta tecnologia. “Dessa forma, não ficaremos reféns das oscilações do mercado internacional, promovendo a soberania do Brasil nessa área”, completa.

Homens


De acordo com a diretora de Hematologia da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba), Anelisa Streva, a hemofilia não tem cura. “Só os homens são portadores da doença”, diz, ressaltando que os sintomas são sangramentos internos, externos e de mucosas, após impactos de qualquer gravidade, inclusive os mais leves, e até mesmo sem razão aparente. Os cortes na pele também levam um tempo maior para estancar. A doença genética pode ser dividida em dois tipos: A e B. O primeiro deles, presente em aproximadamente 80% dos casos, ocorre com a falta ou diminuição da produção do fator VIII. Já a hemofilia B é mais rara, diagnosticada pela ausência ou baixa produção do fator IX. Para proporcionar qualidade de vida e conter os sangramentos, é preciso fazer a reposição do fator deficitário.

Mercado farmacêutico cresce 12% no 1° trimestre 
Mercado farmacêutico cresce 12% no 1° trimestre
Data: 15/04/2015 - (Fonte: Saúde Business – 15/04/2015)

O faturamento do mercado farmacêutico no Brasil saltou de R$ 9,6 bilhões no primeiro trimestre de 2014 para R$ 10,7 bilhões no mesmo período de 2015, o que representa um aumento de 12%. Considerando os últimos 12 meses, entre abril de 2014 e março de 2015, o faturamento cresceu 11,5% ante o ano anterior, alcançando R$ 43,1 bilhões. Os dados são da IMS Health, compilados pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).

“Mesmo nesse momento difícil da economia, a indústria farmacêutica está apresentando um crescimento praticamente estável e muito acima de outros setores. Isso já aconteceu em situações semelhantes e se justifica pelo fato dos medicamentos serem produtos de primeira necessidade. Contudo, não descartamos a possibilidade de haver um impacto negativo no decorrer do ano”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma.

O número de doses comercializadas também cresceu. Foram 32,5 bilhões no primeiro trimestre de 2015 ante 29,6 bilhões no mesmo período do ano anterior; aumento de 9,8%. Já nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 8,5%; o total de doses vendidas passou de 121,6 bilhões para 132 bilhões.
A divisão do mercado sofreu algumas alterações. Os medicamentos de referência, que representavam 44% das vendas em 2011, passaram a responder por 39% em 2015. Já os medicamentos similares ganharam mercado, passando de 43% para 48%. Os genéricos se mantiveram estáveis com 13%.
“Para o crescimento ser ainda maior, dependemos de alguns pontos que precisam ser resolvidos pelo País. O primeiro deles é o fato de não haver uma resposta organizada e realista para a questão do acesso. Cerca de 74% dos medicamentos brasileiros são comprados e pagos pelo bolso das pessoas, sem apoio do Governo. Isso significa que a medicação mais complexa e mais cara acaba não chegando à maioria da população”, comenta Britto.
O segundo ponto é a questão tributária. “O Brasil é campeão mundial em imposto sobre medicamentos. Temos uma situação injusta porque mesmo olhando os tributos dentro do País, o medicamento paga mais do que outros produtos, como, por exemplo, biquíni e ursinho de pelúcia; e isso prejudica o acesso da população aos tratamentos que precisa”, conclui. 

Abril/2015

Professora do UNIFESO conclui doutorado   
publicado em: 02/04/15



A professora Ana Lucia Costa Ribeiro, dos cursos de Ciências Biológicas e Farmácia do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO) agora é doutora em História das Ciências das Técnicas e Epistemologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela defendeu sua tese “O professor e politécnico Manuel Amoroso Costa: aspectos de uma trajetória acadêmica no Brasil nos anos de 1920” no dia 17 de março. 
Segundo a professora, a escolha do tema veio por afinidades, pois a tese descreve e comenta a trajetória profissional do matemático brasileiro Manuel Amoroso Costa (nascido no Rio de Janeiro,  em 13 de janeiro de 1885 e falecido em 3 de dezembro de 1928), enfatizando sua ação como professor e educador. “A fim de alcançar os resultados almejados, foram principalmente empregados textos escritos por esse politécnico, que se encontram arquivados em instituições públicas cariocas e versam sobre as relações entre Matemática e Filosofia em chave histórica que permite a compreensão das influências recebidas por ele, seja durante suas visitas à França, seja através das suas leituras”, resumiu a professora Ana. 
Ela ressalta ainda que, ao se especializar, o profissional toma contato com seus pares e novos argumentos, “além disso desperta para as mudanças metodológicas,  o que faz com que exceda sua área acadêmica, deixando assim um marco nas instuições acadêmicas em que atua”. A professora Ana Lucia é graduada em Matemática e tem habilitação em Física pela Fundação Educacional de Além Paraíba, graduada em Administração pelo UNIFESO, e tem mestrado e agora doutorado em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia pela UFRJ.

Janeiro/2015

Campanha do CFF orienta: farmácia sem farmacêutico não é legal

Data: 15/01/2015
A recém-aprovada Lei 13.021, de 8 de agosto de 2014, determina que farmácia é unidade de saúde e tem de estar sob a responsabilidade do farmacêutico. Para divulgar essa informação à população usuária de medicamentos, o Conselho Federal e os conselhos regionais de Farmácia iniciam, nesta segunda-feira, dia 12 de janeiro, a veiculação de uma campanha nacional de conscientização dos usuários de medicamentos. Idealizada e coordenada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), a campanha está sendo realizada em comemoração ao Dia do Farmacêutico, 20 de janeiro.
O vídeo, a principal peça da campanha, foi gravado em uma farmácia de São Paulo e conta com a participação dos atores Werner Schünemann e Maria José Pereira Gualberto, que ficou conhecida pelo bordão "Nem a pau, Juvenal", em um comercial de presunto. Na campanha dos conselhos de Farmácia, ela interpreta uma idosa que faz uso de medicamentos para doenças crônicas e mantém o perfil de consumidora exigente, recusando as farmácias que não contam com o farmacêutico. Atrás do balcão da farmácia, Maria José encontra de tudo: bombeiro, cozinheiro... Mas não desiste de ser bem atendida.
"Com um toque de humor, estamos procurando dar um recado sério à população: todos os profissionais têm um lugar certo para atuar. No atendimento ao usuário de medicamentos, para prestar a assistência farmacêutica, por lei, esse profissional é o farmacêutico", comenta o vice-presidente do CFF, Valmir de Santi. O ator Werner Schünemann repassa a mensagem principal da campanha. "Você tem direito aos serviços do farmacêutico nas farmácias e drogarias. Exija. Os conselhos federal e regionais de Farmácia advertem: farmácia sem farmacêutico não é legal."
O presidente do CFF, Walter Jorge João, ressalta que a campanha pretende estimular os cidadãos a cobrarem a presença do farmacêutico nas farmácias e drogarias. "O farmacêutico está ali para prescrever os medicamentos isentos de prescrição médica, para orientar quanto ao uso correto de medicamentos, e para prestar serviços de saúde como aferição de pressão arterial, teste glicêmico, entre outros.” Walter Jorge João destaca que a Lei n° 13.021/14 é uma conquista para a saúde pública. "Como integrante do Fórum Nacional de Luta pela Valorização da Profissão Farmacêutica (o grande articulador pela aprovação do dispositivo legal), o CFF pretende, com esta campanha, contribuir para que ele seja efetivo."
Desenvolver uma ação nacional, tendo a publicidade como ferramenta de divulgação da profissão, é um desafio para o CFF, de acordo com o presidente da instituição. “Para que alcancemos o efeito que desejamos precisamos de paciência, pois a comunicação é um processo que se constrói com o tempo. Neste sentido, é fundamental o envolvimento de todos - entidades e farmacêuticos - na massificação das peças da campanha, por meio das redes sociais e outras mídias." Walter Jorge João lembra que esta é a primeira ação do ano. Outras campanhas estão previstas até dezembro.
Além do vídeo que será divulgado em TV aberta, canais por assinatura, cinema e internet, a campanha conta com spot de rádio, peças para os sites do CFF e CRFs, anúncios para o Facebook, anúncio para jornais e revistas, outdoor e busdoor. “Além das peças publicitárias, as equipes de comunicação do CFF e dos conselhos regionais atuarão para reforçar a mensagem sobre a importância do farmacêutico, à sociedade, aos nossos legisladores e governantes”, comenta Valmir de Santi, Vice-Presidente do CFF.

Outubro/2014

06/10/2014 - Folha de S.Paulo
Colunista: Maria Cristina Frias

A modernização de um terço dos remédios vendidos no país poderia ampliar em até R$ 10 bilhões o faturamento da indústria farmacêutica, segundo levantamento da Alanac (que representa os laboratórios nacionais).

Essa inovação abrange da modificação do sabor de um xarope, para se tornar mais palatável, à redução na dosagem de três para um comprimido ao dia, por exemplo.

Seriam necessários R$ 3 bilhões em investimentos para dobrar o potencial de mercado dos 230 princípios ativos, que hoje movimentam R$ 10 bilhões, segundo o estudo.

"A falta de uma regulamentação própria, entretanto, desencoraja a indústria, pois precifica o produto de forma inadequada, sem considerar os investimentos feitos em inovação", afirma Henrique Tada, presidente-executivo da entidade.

Todos os medicamentos produzidos na Blau são originados desse tipo de inovação, segundo Marcelo Hahn, CEO do laboratório.

"Não conseguimos repassar os custos para o produto acabado. Se decidirmos descontinuar a venda por isso, podemos perder o registro daquele medicamento."

A Biolab pretende ampliar a participação dos inovadores no faturamento do grupo dos atuais 58% para ao menos 80% até 2018.

A União Química tem 26 casos de inovação incremental em seu portfólio e pretende dobrar a quantia. "Temos 300 itens aguardando liberação, 25 deles fruto de incremento", diz Fernando Marques, presidente da empresa.

Um grupo de trabalho coordenado pela Cmed (que regula o mercado de medicamentos, ligada à Anvisa) discute a mudança de critérios de precificação dos produtos.

Procurada, a Anvisa informou não estar autorizada a falar com a imprensa sobre o tema. O Ministério da Saúde, membro do grupo, disse que o debate está em fase inicial e por isso não se manifestaria.


06/10/2014 - IstoÉ

Médicos da Universidade da Pennsylvania, nos Estados Unidos, fizeram um alerta na semana passada. Segundo levantamento realizado pelos especialistas, crianças que tomaram antibióticos mais de quatro vezes antes dos dois anos possuem maior chance de ser obesas. A pesquisa foi publicada na última edição do jornal de Pediatria editado pela Associação Médica Americana.

Trata-se de um trabalho de fôlego. Os especialistas analisaram o histórico médico de mais de 64,5 mil crianças desde seu nascimento até os 5 anos de idade. Cerca de 70% fizeram tratamentos com antibióticos duas vezes antes mesmo de completarem dois anos. Entre o restante, aquelas que foram medicadas quatro ou mais vezes até essa idade apresentaram 10% mais chance de se tornar obesas quando chegaram aos 5 anos em comparação com as que receberam menos doses do medicamento.

Na opinião do médico Charles Bailey, coordenador do trabalho, a explicação para o fenômeno seria o papel que os antibióticos desempenham na mudança da flora bacteriana presente no trato digestivo e que, sabe-se hoje, tem impacto no controle do peso. "Achamos que depois dos antibióticos algumas das bactérias presentes naturalmente no corpo e que são eficientes para ajudar na manutenção de peso podem acabar morrendo", disse. "E aquelas que levam na direção contrária, prejudicando o metabolismo, tornam-se mais ativas", considerou.

Na investigação, verificou-se que o tipo de antibiótico também influencia o total de peso armazenado. Crianças medicadas com drogas indicadas para destruir tipos específicos de bactérias ganharam menos peso. Aquelas para as quais foram receitados antibióticos de espectro amplo (atingem tipos diversos de bactérias) engordavam mais. Entre a comunidade científica, o consenso é de que o resultado evidencia ainda mais a necessidade de tornar mais criteriosa a prescrição de antibióticos.

06/10/2014 - Folha de S.Paulo
Colunista: Maria Cristina Frias

A participação dos medicamentos genéricos no faturamento de nove dos dez maiores laboratórios do país chegou a 21,5% em julho deste ano. Em unidades produzidas, a parcela alcançou 24,5%, de acordo com pesquisa da PróGenéricos (associação do setor).

Em países europeus, esses medicamentos correspondem a 60% do volume vendido. Nos EUA, a 70%, ainda segundo a entidade.

"No Brasil, à medida que diminui a resistência dos médicos e da população aos genéricos, a participação cresce. O aumento do portfólio também favorece", afirma a presidente da entidade, Telma Salles.

"Esses medicamentos estão puxando a indústria farmacêutica há algum tempo. No ano passado, enquanto o mercado em geral cresceu cerca de 9%, o de genéricos avançou ao redor de 11%", acrescenta a executiva.

Juntos, os nove laboratórios faturaram US$ 5,9 bilhões com as vendas no segmento entre agosto de 2013 e julho de 2014 -alta de 12,3% antes os 12 meses anteriores.

O valor representa 90% da receita total do mercado de genéricos no período.

06/10/2014 - Folha de S.Paulo
Jornalista: Johanna Nublat

RESUMO A professora universitária Carla Simone Castro, 41, teve uma trombose cerebral seis meses após iniciar o uso de um anticoncepcional. Ela relatou o caso em um vídeo postado na rede e compartilhado por quase 140 mil pessoas. Carla e uma vítima de embolia pulmonar abriram uma página no Facebook para alertar mulheres sobre efeitos adversos da pílula.
Comecei a tomar anticoncepcional, com receita médica, em janeiro deste ano, porque sofro de miomas uterinos. Fui a uma ginecologista, fiz uma série de exames, incluindo exames cardíacos. Nunca tinha tomado anticoncepcional na vida.
Comecei a ter muita dor de cabeça. Só que, por azar, 30 dias antes eu tinha recebido diagnóstico de sinusite, então a médica dizia que provavelmente [a dor] era disso.
No dia 8 de agosto, acordei com muita dor e uma congestão nasal diferente, parecia que meu nariz estava entupido dentro da cabeça.
Fui a uma otorrino, ela disse que eu estava com uma crise alérgica e me receitou anti-inflamatórios.
No dia seguinte, acordei com a visão duplicada e, na manhã seguinte, acordei sem enxergar nada. A dor me fazia ter vontade de bater a cabeça na parede.
Fui ao hospital, passei por três neurologistas, fiz duas tomografias. Recebi o diagnóstico de enxaqueca e crise de ansiedade. Marcamos uma ressonância, e o laudo foi trombose venosa cerebral.
No consultório, comecei a passar mal, tive uma convulsão durante uma coleta de sangue. Fui direto para a internação. Fiquei 55 dias com a visão duplicada. Agora estou só sem visão periférica.
Quando cheguei ao consultório do neurologista, não tinha movimento na perna direita. Primeira coisa que o médico me perguntou: "Você fuma, bebe, é hipertensa, diabética, tem histórico familiar?". Eu respondi que não. E ele me fez a pergunta clássica, que aparece em todos os depoimentos recolhidos na página do Facebook: "Você toma anticoncepcional?". Na hora que eu disse "sim", ele me mandou parar imediatamente. Eles não têm dúvida de que é o anticoncepcional.
Algumas pessoas têm uma predisposição à trombofilia, não podem tomar hormônio. Esse é um exame que os ginecologistas não pedem. Receitam anticoncepcional e só pedem o exame quando a paciente conta que já teve um caso na família.
Mas nada impede que ela seja o primeiro caso. Pelos exames até agora, não há confirmação de que eu tenha predisposição genética.
VÍDEO Fiz um vídeo para contar aos meus amigos e alunos o que tinha acontecido e ele foi compartilhado 140 mil vezes. Comecei a receber relatos de problemas parecidos com o meu. Abri uma página no Facebook chamada "Vítimas de anticoncepcionais". Já recebemos mais de mil relatos em duas semanas.
Perguntei à Anvisa sobre o remédio que tomei, da Bayer, o Yasmin, que contém a drospirenona --mas os relatos que começamos a receber são de todas as marcas.
Perguntei à Anvisa quantos relatos existiam de problemas como o meu, que os laboratórios afirmam ser raríssimos. A Anvisa me disse que, em dez anos, recebeu três. Mas descobri que a agência não obriga médicos a relatarem esses problemas.
Só de trombose cerebral, tenho 108 relatos. Como os laboratórios e o governo podem afirmar que o que aconteceu comigo e com as outras pessoas são casos raros se o Brasil não tem estatísticas? Tenho relatos de pessoas que estão sem andar, que ficaram em coma, que amputaram membro, perderam a visão. Todos os médicos associam ao anticoncepcional.
Não há um controle da venda desse medicamento, qualquer menina de 14 anos compra na farmácia.
Nem todo mundo que fuma vai ter câncer, nem todo mundo que toma anticoncepcional vai ter trombose. Mas, se tem risco, tem que ser comunicado. Está na bula, mas ninguém lê bula. Vou fazer uma denúncia ao Ministério Público Federal, vou brigar por um aviso na embalagem.

 06/10/2014 - Folha de S.Paulo
Jornalista: André Barcinski

Na primeira cena de "Ilegal", Katiele Fischer, mãe de Anny, uma menina de cinco anos, telefona para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pedindo a liberação do medicamento da filha.

Anny sofre de um tipo incurável de epilepsia, que lhe causa cerca de oito convulsões por dia. O remédio, Canabidiol (CBD), tem na composição a Cannabis sativa, e está retido nos Correios, vindo dos Estados Unidos. Katiele não tem sucesso. A atendente sugere que ela leia uma norma da agência e procure os Correios.

A cena contrapõe duas realidades: a realidade fria da burocracia estatal e a realidade trágica dos pacientes que precisam da maconha medicinal e ficam à mercê da lentidão e incompetência do Estado.

Mais que um documentário sobre o uso terapêutico da maconha, "Ilegal" é um relato dolorido sobre famílias condenadas a sofrer por causa da burocracia, ignorância e atraso.

O que dizer de uma mãe que usa maconha para aliviar dores causadas pela arrasadora quimioterapia a que teve de se submeter e acaba acusada de tráfico internacional de drogas? Ou de médicos que temem prescrever CBD, com medo de serem proibidos de trabalhar? Ou de mães que, temendo a polícia, recebem os remédios do exterior escondidos em caixas de presentes?

Em outra cena marcante, Katiele anda pelos corredores do Congresso Nacional, depois de pedir a deputados a retirada do CBD da lista de remédios proibidos e de ouvir promessa em cima de promessa. "Agora vai!", diz, cheia de esperança.

Mas ela logo descobre que, em Brasília, ninguém tem a mesma pressa que ela.

ANDRÉ BARCINSKI é jornalista e autor do livro "Pavões Misteriosos" (Três Estrelas)

ILEGAL
DIREÇÃO Raphael Erichsen e Tarso Araújo
PRODUÇÃO Brasil, 2014
AVALIAÇÃO bom

06/10/2014 - IstoÉ

A lista dos regimes da moda ganhou mais um nome: a dieta do hCG. A dieta que conquista adeptos no País prescreve doses do hormônio gonadotrofina coriônica humana (a sigla em inglês é hCG) por cerca de 40 dias consecutivos. A substância é fabricada nos primeiros dias de gravidez e pode ser indicada em tratamentos de infertilidade e alterações no desenvolvimento de ovários e testículos.
A perda de peso acelerada foi o que atraiu a empresária Graciete Affini, de São Paulo. “Fiz exames antes de usar o hCG e conversei com o médico. Em 15 dias, perdi dez quilos e não tive efeito colateral.” Ao contrário de Graciete, a produtora Mônica Cosas, de Recife, não permaneceu na dieta. Ela queria se livrar de cinco quilos, mas interrompeu as injeções de hCG dez dias depois de começar a tomá-las. “Sentia fraqueza, tontura e tive problemas gastrointestinais”, conta. Ela também descobriu que tivera uma crise de hipotensão postural – queda na pressão arterial ao ficar em pé. “O médico disse que a doença se manifestou porque eu estava desidratada e tive infecção intestinal. Não se pode afirmar que algum desses problemas esteja ou não relacionado à dieta. Não há estudos e os sintomas coincidiram”, diz.

O regime teve seu primeiro momento de fama nos anos 1970. Agora, voltou com força. Para conter sua expansão, a agência reguladora americana FDA decidiu que a publicidade de produtos contendo o hormônio deve informar que ele não demonstrou ser uma terapia eficaz no tratamento da obesidade. Depois dos EUA, a dieta se popularizou em países como Argentina e Equador e agora se espalha pelo Brasil na base do boca a boca.

Mônica foi informada por seu médico que o hormônio a protegeria da perda de músculos que ocorre na dieta de baixas calorias a que se submeteria. Já Graciete ouviu que o hCG facilitaria a queima da gordura acumulada. Outro especialista disse que o hormônio simula uma gravidez e leva o corpo a consumir mais gordura para complementar o aporte de calorias necessário para se nutrir e nutrir o feto. Fica evidente o desencontro nas informações sobre a ação do hormônio. A pessoa emagrece, mas não sabe por quais mecanismos. Um é óbvio: a restrição calórica imposta pelo regime.
Dois médicos que indicam a dieta procurados por ISTOÉ não quiseram dar entrevista. Um terceiro disse que daria as informações, mas não iria se expor porque o hormônio é usado de modo off-label (a indicação não consta da bula). No entanto, remédios aprovados para diabetes, como o liraglutide (Victoza) e exenatide (Byetta), são abertamente ministrados de modo off-label contra a obesidade. A diferença é que há estudos comprovando sua eficácia no emagrecimento. Já sobre a ação do hCG, não há pesquisas que documentem sua eficiência ou possíveis efeitos colaterais.

Para o endocrinologista Walmir Coutinho, presidente da Federação Mundial de Obesidade, não há relatos de graves danos colaterais a longo prazo por causa da dieta, mas o hCG não ajudaria em nada o emagrecimento. “O que leva à perda de peso nessa dieta é a grande restrição calórica”, diz. “Mas a chance de recuperar os quilos perdidos é alta quando a pessoa retoma a alimentação normal”, diz.

06/10/2014 - Veja

Com 370 milhões de vítimas no mundo, 13,4 milhões delas no Brasil, o diabetes é uma daquelas doenças que exigem um controle rigorosíssimo. O bom tratamento começa com o monitoramento preciso das taxas de glicose na corrente sanguínea — só assim é possível determinar as doses ideais de insulina, o hormônio responsável por levar a glicose para dentro das células, onde ela é transformada em energia. Apesar de todos os avanços na área, os aparelhos para a medição de glicose ainda exigem do doente um furo no dedo e uma gota de sangue. Pode não parecer, mas a rotina é incômoda. A maioria dos diabéticos tem de espetar o dedo não uma, mas duas, três e até quatro vezes por dia. Por causa das picadas, 30% dos pacientes não monitoram a glicemia como deveriam. Diz o endocrinologista Freddy Eliaschewitz, diretor do Centro de Pesquisas Clínicas (CPClin), em São Paulo: "Alguns doentes preferem tomar direto a injeção de insulina a fazer o controle da glicemia". As consequências podem ser graves, como uma crise severa de hipoglicemia, com desmaios e confusão mental. Desde o fim da década de 90, profissionais dos mais respeitados centros de pesquisa em diabetes do mundo buscam uma forma de amenizar o dia a dia dos diabéticos. Pois bem, a boa-nova é um medidor contínuo de glicose que dispensa o uso de sangue em todas as suas etapas. Aprovado recentemente pela Emea, a agência europeia de medicamentos, o dispositivo deve chegar ao Brasil e aos Estados Unidos em 2015.

Desenvolvido pelo laboratório Abbott, o novo aparelho é uma evolução dos medidores contínuos de glicose, lançados no fim dos anos 2000 (veja o quadro abaixo). O artefato mede a quantidade de glicose no fluido intersticial — um líquido transparente que fica entre as células do corpo — encontrado abaixo da derme, uma das camadas mais superficiais da pele. A concentração de glicose obtida a partir do fluido intersticial apresenta um delav em relação às medições feitas no sangue. Isso porque a glicose demora até quarenta minutos para sair dos vasos sanguíneos e chegar ao fluido intersticial. O grande diferencial do novo medidor é a presença de uma enzima capaz de unificar as informações do sangue com as do fluido intersticial. Sem a tal enzima, os aparelhos mais antigos necessitavam de sangue para ajustar as duas glicemias. Ou seja, os doentes não se livravam das picadas.

Do tamanho de uma moeda de 1 real, o sensor funciona como uma espécie de patch, colado na pele do doente. À prova de água, só deve ser trocado duas vezes por mês, uma inovação recebida com entusiasmo pelos especialistas. Um aparelho parecido com um smartphone faz a leitura dos dados a uma distância de até 4 centímetros, inclusive por cima da roupa. Se um diabético tem de medir a glicemia em uma reunião de trabalho, por exemplo, ele não precisa se retirar para picar o dedo — basta passar o sensor por cima da roupa no local de trabalho. A cada leitura, o paciente terá acesso à evolução das taxas de glicose, minuto a minuto, nas últimas oito horas. "A partir desse histórico, é possível estabelecer se são necessárias ou não alterações nas doses de insulina", diz o endocrinologista Walmir Coutinho, diretor de ensino e pesquisa do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinología do Rio de Janeiro. Além disso, com esses dados, é possível até promover mudanças no estilo de vida do paciente. Se um doente apresenta, por exemplo, um pico de glicemia pela manhã, sempre no mesmo horário, ele pode descobrir que isso ocorre devido a um determinado hábito alimentar naquele momento do dia. É a medicina caminhando rumo ao controle extremamente preciso do diabetes. E, melhor, sem dor.

06/10/2014 - Valor Econômico
Jornalista: Kelsey Gee

As farmacêuticas estão correndo para criar vacinas que detenham o vírus suíno mortal que vem assolando o segmento de carnes nos EUA e impulsionado os preços da carne suína a patamares recorde.
Duas empresas (Harrisvaccines, de pequeno porte, e Zoetis, uma das maiores do mundo na área de saúde animal) receberam aprovação regulatória condicional nos últimos meses para comercializar vacinas contra o vírus - conhecido como diarreia epidêmica suína (PED), que já se espalhou por 31 Estados dos EUA e matou milhões de porcos jovens desde que foi identificado pela primeira vez no país, em abril de 2013.
Pelo menos duas outras empresas - a americana Merck Sharp & Dohme e a alemã Boehringer Ingelheim - afirmam que também estão tentando desenvolver suas vacinas.
Criadores de suínos e frigoríficos esperam que as vacinas possam conter uma doença que vem confundindo cientistas e reguladores, ainda em dúvida sobre suas causas e mecanismos de contágio. O vírus é fatal apenas para os animais jovens e não ameaça a saúde humana ou a segurança alimentar, segundo cientistas.
O vírus reduziu a oferta de suínos nos EUA, o que elevou os custos para processadores de carne, varejistas e consumidores. O preço médio da carne suína no varejo americano subiu 12% no período de 12 meses terminado em agosto, para um nível recorde de US$ 9,26 o quilo, segundo estatísticas do governo federal.
A rápida aprovação das novas vacinas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reflete a urgência com que o governo e o segmento de saúde animal buscam soluções. As empresas da área faturam cerca de US$ 6 bilhões por ano com vendas de vacinas em todo o mundo, de acordo com a companhia escocesa de pesquisas Vetnosis.
Grandes produtores de suínos, como Cargill e Maschoffs, estão experimentando as vacinas, embora muitos no segmento afirmem que não esperam que elas se tornem uma cura universal, até porque outras vacinas para vírus suínos semelhantes tiveram sucesso limitado.
Produtores e veterinários "estão extremamente frustrados e procurando por todas as opções viáveis para controlar o vírus", diz Aaron Lower, veterinário da Carthage Veterinary Service, empresa de Illinois que oferece consultoria a criadores.
Estima-se que mais de 8 milhões de animais já morreram por causa do vírus desde que ele foi descoberto nos EUA. A produção de carne suína no país caiu 1,8% este ano, segundo o USDA, e os preços dos contratos futuros de suínos já abatidos atingiram o recorde de US$ 1,33875 a libra (0,45 quilo) em julho. Os preços caíram nos últimos dois meses, em parte porque menos surtos foram registrados que no início do ano. É provável que temperaturas mais elevadas dificultem a sobrevivência do vírus.
Mike Martin, porta-voz da Cargill, quarta maior empresa processadora de carne suína dos EUA, diz que a companhia confia que as duas vacinas aprovadas ajudarão os jovens animais a sobreviver. De acordo com ele, o produto da Harrisvaccines foi utilizado pela Cargill e já ajudou.
Em junho, a Harrisvaccines se tornou a primeira empresa a receber aprovação condicional do USDA para vender a vacina contra o vírus suíno. Isso significa que a companhia pode distribuir o tratamento diretamente para produtores de porcos ou veterinários enquanto aguarda a licença integral.
O sistema de licenciamento condicional do USDA, que está disponível para empresas de saúde animal desde 1985, exige que as empresas demonstrem em testes de campo que seus tratamentos são seguros. Elas também devem fornecer dados de testes que indiquem que o produto é provavelmente eficaz.
Antes de receber a aprovação do USDA, a Harrisvaccines vendia sua vacina como um tratamento experimental. Os produtores de suínos tinham que obter uma receita de um veterinário licenciado. A empresa afirma que vendeu 2,6 milhões de doses desde que lançou, em agosto de 2013, a vacina - cuja dose, que custa US$ 3, é administrada em suínas adultas na esperança de que a imunidade seja transmitida para suas crias. A empresa recomenda que as suínas recebam duas doses.
A tecnologia da Harrisvaccines, que é sediada em Iowa, utiliza sequenciamento genético para identificar um gene no vírus suíno que os pesquisadores acreditam que pode criar imunidade. Os pesquisadores inseriram esse material genético em um vírus enfraquecido quimicamente e criaram uma vacina que é chamada de vetorial.
O rápido desenvolvimento de uma vacina foi uma vantagem para essa pequena empresa de capital fechado, que foi criada em 2006 e emprega cerca de 40 pessoas. Com isso, seu faturamento deverá dobrar este ano, para cerca de US$ 8 milhões, conforme Joel Harris, diretor de vendas e marketing e filho do diretor-presidente e fundador, Hank Harris.
Em uma tarde recente, o Harris mais velho estava em um laboratório de pesquisas em Iowa, onde ele e outros pesquisadores vêm testando produtos para combater doenças altamente infecciosas de rebanhos. Ele disse que a tecnologia que a Harrisvaccines usa para o vírus suíno pode ser promissora em outras áreas.
Já a Zoetis recebeu a aprovação condicional para a sua vacina contra o vírus suíno no início de setembro.

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